A feira da agricultura biológica - que arrancou sexta-feira no Largo da Restauração, na baixa do Funchal, e decorre até 24 de Maio - tem sido procurada por clientes habituais dos produtos bio mas também por turistas curiosos. A agricultura bio vai bem e recomenda-se, mas há um transtorno muito grande: a falta de água.
Na tenda da 'Semana Bio Madeira, Criar Oportunidades' - 'Organic Farming Week', para inglês ver - estão patentes quatro expositores dos produtores Margarida Neto, Fresh Bio, Conceição Brito Câmara e Quinta do Mitra.
Pelo Largo da Restauração não têm faltado os clientes habitacionais que têm procurado produtos bio como batata e hortícolas. Não tem faltado também turistas curiosos, principalmente franceses e ingleses, que vêm 'beber' informação sobre a produção de fruta exótica que não encontram nos países de origem como banana, papaia e abacate.
Os terrenos do produtor Edésio Rodrigues estão certificados para agricultura biológica há 10 anos, mas antes já cultivava procurando eliminar o máximo de pesticidades, para produzir uma agricultura 'limpa'.
“Temos contado com o incentivo do Governo Regional e optámos pela agricultura bio a 100%”, refere à reportagem do DIÁRIO o agricultor que gere perto de um hectare de castanheiros e um pomar que produz fruta regional como pero calhau, pero domingos, no Jardim da Serra. O que tem faltado, aponta, é água para regar.
“São tudo variedades regionais e poucos hortícolas porque nós somos do Jardim da Serra e há pouca água”, justificou o dono do expositor da exploração com o nome da sua mãe: Margarida Neto. Daí a opção pela cultura de sequeiro: “espigos, alho, alguma cebola, pouco mais”, refere o agricultor.
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