Tudo sobre a Agricultura Biológica
Sábado, 12.11.11
O número de produtores que se dedica à agricultura biológica nos Açores mais do que duplicou em menos de cinco anos, mas continua a ter uma expressão reduzida no arquipélago, existindo atualmente apenas 46 produtores certificados.

A maioria dos produtores, segundo dados divulgados nas Jornadas de Agricultura Biológica, encontra-se em S. Miguel (23), seguindo-se S. Jorge (10), Terceira (7) e Faial (6), num total de 263,73 hectares de área cultivada. Em 2006 o número de produtores biológicos nos Açores era de apenas 20, distribuídos por S. Miguel, Terceira e S. Jorge, abrangendo uma área total de 66,5 hectares. Na intervenção que proferiu nestas jornadas, o secretário regional da Agricultura, Noé Rodrigues, recordou a existência de apoios financeiros para incentivar o aparecimento de mais produtores nesta área. "Existe um conjunto de incentivos para os agricultores biológicos, no sentido de se organizarem, conquistarem mercados e valorizarem a agricultura biológica", frisou. Por seu lado, o eurodeputado socialista Luís Paulo Alves também salientou que a União Europeia reserva, no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), um lote de apoios à produção biológica, dirigidos à comercialização, produção e certificação. Incentivar a produção biológica é também o objetivo das Jornadas de Agricultura Biológica, que decorreram no Faial, como sublinhou o presidente da Junta de Freguesia da Praia do Norte, Estêvão Gomes, promotor do encontro. O autarca salientou que as jornadas são úteis para os agricultores que querem "apresentar um produto de qualidade e diferenciado", mas também para o "cidadão comum, que tem uma horta e ambiciona produzir de uma forma mais ecológica". "Os Açores possuem condições naturais ímpares, nomeadamente o clima e o terreno, que são excecionais para a produção agrícola de forma biológica e que é indispensável aproveitar", afirmou. A agricultura biológica distingue-se pela forma de produção, que exclui quase todos os produtos químicos e recorre às rotações de culturais, a estrume animal e a resíduos orgânicos da exploração. No ano passado, em Portugal, as vendas de alimentos produzidos em regime biológico ascenderam a 25 milhões de euros, num mercado que cresce, a nível europeu, entre 10 e 15 por cento ao ano.

fonte:http://www.acorianooriental.pt/

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Quarta-feira, 01.06.11

Os produtores de agricultura biológica da Terceira, nos Açores, decidiram visitar os agricultores que, alegadamente, estão a preparar terrenos para iniciar a plantação de milho geneticamente modificado para os informar dos perigos dessa cultura.

 

«Na reunião realizada terça-feira à noite decidimos fazer uma abordagem para perceber em que ponto se encontra o processo e explicar as consequências nocivas para a ilha e para a região que decorrem dessa decisão», afirmou Avelino Ormonde, especialista em agricultura biológica e um dos principais criticos da cultura de produtos geneticamente modificados.

Avelino Ormonde, em declarações à Lusa, questionou o secretismo em torno desta sementeira e a necessidade de notificar os vizinhos «se os organismos geneticamente modificados (OGM) não são problema».

fonte:Diário Digital / Lusa 

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Terça-feira, 31.05.11

Os produtores da Terceira, Açores, estão "preocupados" com as experiências que, alegadamente, estão a decorrer em duas explorações desta ilha para a produção de milho geneticamente modificado, afirmou hoje à Lusa um especialista local em agricultura biológica.

“Suspeitamos de que duas explorações agrícolas do norte da ilha Terceira foram seduzidas para uma experiência que condenamos, uma vez que o nosso objectivo é os Açores serem uma região livre de organismos geneticamente modificados”, frisou Avelino Ormonde, produtor biológico há 13 anos e formador sobre agricultura biológica.

Na sequência desta preocupação, está marcada para o final do dia de hoje uma reunião de vários produtores de agropecuária, hortofrutifloricultura e mel, durante a qual será discutida a eventual adopção de “acções que não levantem confrontações, mas eliminem o problema”.

“A tentativa de fazer a experiência terá começado na ilha Graciosa mas, como é um meio muito pequeno e reserva da Biosfera, voltaram-se para a Terceira”, afirmou Avelino Ormonde.

A preocupação dos produtores da Terceira surge numa altura em que decorre na Internet uma petição que visa proibir o uso de organismos geneticamente modificados nos Açores.

Os promotores salientam que o arquipélago se destaca pela singularidade no que respeita às práticas da actividade agrícola, caracterizadas por uma associação com os valores naturais e agro-ambientais.

Nesse sentido, salientam que as ilhas açorianas são uma zona rica em agricultura tradicional, onde se destacam pela qualidade produtos regionais certificados como a meloa de Santa Maria, o ananás de S. Miguel, o alho da Graciosa, as laranjas da Terceira ou os vinhos do Pico.

As produções de milho geneticamente modificado que estarão em experiência na Terceira, segundo Avelino Ormonde, “contêm o BT-Bacillus Turigensis, que é usado como inseticida por muitos agricultores biológicos, por ser muito ácido e seletivo para combater as lagartas”.

Avelino Ormonde recordou que “nos EUA foram feitos testes em plantações de algodão e, ao fim de 10 anos, apareceram bolinhas amarelas e alaranjadas no solo, que se provou serem concentrações de bacilos BT”.

“Até que se prove que os organismos geneticamente modificados são inócuos, queremos que os Açores sejam livres, para garantir produtos com marcas saudáveis e, por isso, o objetivo é não permitir a sua utilização nas ilhas”, frisou.
fonte:http://www.acorianooriental.pt/
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Sábado, 21.05.11

Os Açores são a região do país com menos agricultura biológica, quer em termos absolutos quer relativos. Segundo o Recenseamento Agrícola de 2009, existem nos Açores apenas 14 explorações de agricultura biológica, o que representa apenas 0,1% do total de explorações agrícolas na Região. Em ambos os casos, são os valores mais baixo do país.
A nível nacional, 0,4% das explorações agrícolas são biológicas, o que representa cerca de 1.221 explorações. Os Açores representam 1,11% desse total o que, sendo muito inferior ao nosso peso populacional, tem um valor relativo ainda mais residual se se tiver em conta que o total de explorações agrícolas açorianas representa 4,4% das nacionais...
A região onde existem mais explorações de agricultura biológica é o Alentejo, com 0,8% das suas explorações agrícolas e um total de 337 certificadas. Em termos de peso relativo segue-se a Madeira, onde 0,5% das explorações são biológicas (quase 3 vezes mais). 
Mais impressionante ainda é que no espaço de uma década, o número de explorações com agricultura biológica diminuiu! Não no país, onde houve um crescimento generalizado, que em média atingiu os 50%. Nos Açores foi um autêntico contraciclo: em 10 anos, o número de explorações baixou 54%... Em 1999 eram 30, hoje são apenas 14... Foi caso único no país!
O Recenseamento Agrícola confirma também a total incapacidade regional a que se chegou ao nível do auto-abastecimento de produtos básicos, como é o caso das hortícolas. Nas horticolas intensivas há apenas 200 hectares, o que representa 0,17% da área agrícola, enquanto que nas hortícolas intensivas há 300 hectares (cerca de 0,25% da área). Neste caso não é possível comparar com os dados do Recenseamento de 1999, mas no caso da batata dá: em 1989 havia 1.731 hectares cultivados, em 1999 já pouco mais de mil, e em 2009 apenas 500 hectares! Acontece o mesmo com as leguminosas secas para grão, em que em 2009 apenas estavam plantados 100 hectares: em 1989, só em feijão, havia 1.300 hectares!

fonte:http://www.diariodosacores.pt/i

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