Tudo sobre a Agricultura Biológica
Terça-feira, 25.03.14

A Comissão Europeia quer estimular a adesão dos pequenos agricultores ao modo de produção biológico e deverá passar a permitir um regime de certificação de grupo. Esta é uma das propostas que constam no novo regulamento sobre esta matéria, que também abrange mudanças na rotulagem dos produtos biológicos.

O documento vai ser apresentado ao Parlamento Europeu e ao Conselho e baseia-se nos resultados de um processo de consulta que arrancou em 2012. A intenção, refere a comissão, é “colmatar as insuficiências do actual sistema”. “A dimensão do mercado de produtos biológicos da União Europeia  quadruplicou nos últimos dez anos, impondo-se a actualização e o ajustamento das normas, para que o sector possa continuar a desenvolver-se e responder a desafios futuros”, sublinha Bruxelas, num comunicado divulgado nesta terça-feira. 

Dacian Ciolos, comissário responsável pela Agricultura e pelo Desenvolvimento Rural, acredita que “o futuro do sector biológico na UE depende da qualidade e da integridade dos produtos vendidos sob o logótipo europeu da produção biológica”. “Este pacote é bom para os consumidores e para os agricultores. Para os consumidores, porque terão melhores garantias relativamente aos alimentos biológicos produzidos e vendidos na EU. E para os agricultores, os produtores e os retalhistas, porque terão acesso a um mercado maior, tanto dentro como fora da União Europeia”, sustenta.

Além da maior adesão dos pequenos produtores, a proposta de Bruxelas pretende harmonizar as normas existentes e aplicadas quer a produtos produzidos no espaço europeu, quer importados. Haverá, ainda, novas disposições para reforçar as exportações e a “simplificação da legislação”, para reduzir custos administrativos e aumentar a transparência.

Foi ainda aprovado pela Comissão um plano de acção, que inclui o reforço da ligação entre as universidades e os agricultores, maior incentivo ao consumo de alimentos biológicos, por exemplo, nas escolas e uma melhor informação aos produtores sobre este modo de produção.

Na última década, a superfície de terras destinadas à agricultura biológica aumentou, em média, meio milhão de hectares por ano na União Europeia. Há, actualmente, mais de 186 mil explorações em toda a Europa.

Em Portugal, os últimos dados disponíveis (ainda provisórios), mostram que em 2012 estiveram sujeito a controlo 3555 operadores, 3129 dos quais agrícolas e 424 transformadores. Entre 2011 e 2012, registou-se um aumento de 7% da área ocupada pela agricultura biológica, de 219.683 hectares para 235.267 hectares (13.252 dos quais em conversão). Numa década e meia a área destinada a este tipo de produção aumentou 20 vezes.

 

fonte:http://www.publico.pt/

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Domingo, 16.03.14

Para ser certificado como de agricultura biológica, um alimento não pode ser produzido com pesticidas artificiais, adubos químicos de síntese nem organismos geneticamente modificados. Também deve ser cultivado num regime de reduzida poluição ambiental e pautar-se por normas de ética e respeito pelo bem-estar animal. 
Produtos biológicos como fruta, vegetais, cereais, carne e leite não vão tornar as pessoas que os consomem imediatamente mais saudáveis, já que por vezes têm níveis de nutrientes semelhantes aos alimentos produzidos pelo modo convencional. A maior diferença está na melhor qualidade do solo e na menor quantidade de químicos tóxicos em produtos biológicos.
Sabe-se hoje que um grande número de pesticidas está associado a doenças do sistema nervoso, alergias, alterações no equilíbrio hormonal, diminuição da fertilidade, enfraquecimento geral do sistema imunitário e incidência de diversos tipos de cancro. Optar por um consumo biológico é fugir deste cenário, mas também proteger o ambiente. Este modo de produção agrícola diminui entre 48% e 60% as emissões de dióxido de carbono, especialmente pela não utilização de fertilizantes sintéticos. Sempre que possível vale a pena optar por uma alimentação mais saudável e que contribui também para o equilíbrio da natureza e dos ecossistemas.

fonte:http://rr.sapo.pt/r

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Domingo, 02.03.14

Primeiro, o consumidor pede. Pede produtos saudáveis, com menos químicos, menos sal, menos calorias. Depois, a indústria e as grandes cadeias de híper e supermercados pensam e desenvolvem alimentos para satisfazer este apetite por uma vida mais sã. E no local onde tudo começa, na terra, mudam-se formas de produzir.

Para conseguirem vender em larga escala, dentro e fora do país, os produtores nacionais de frutas e legumes têm de aderir ao sistema de protecção integrada. É a diferença entre estar dentro ou fora das prateleiras da grande distribuição. Uma “condição sine qua non”, diz José Canha, director-executivo da Portugal Fresh, associação que promove estes produtos e representa 67 empresas, com três mil produtores.

“A produção integrada começou por ser um instrumento a nível da Comissão Europeia, de redução de adubos e pesticidas. Foi criado um incentivo financeiro aos produtores que a adoptassem. E isso acabou por impulsionar o processo. Mas o que antes era uma procura de apoio, transformou-se numa exigência da grande distribuição e do consumidor”, conta. Cerca de 67% dos produtos hortofrutícolas nacionais são comprados pelas grandes cadeias alimentares, nacionais e estrangeiras. Para lá entrar, “é ponto assente que é preciso ter certificações e trabalhar neste sistema”, garante José Canha.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, durante a campanha de 2013/2014 (até 31 de Janeiro) 6825 produtores receberam apoios financeiros destinados a promover as medidas agro-ambientais. No total foram pagos 34 milhões de euros pelos compromissos assumidos com a adopção deste modo de produção. Em 2012, havia 8249 operadores agrícolas controlados por sete empresas de certificação.

Há três formas de produzir de forma sustentável, opostos à “luta química convencional” de pragas ou outras maleitas: através da agricultura biológica, da protecção integrada ou usando a produção integrada. “Este último sistema consiste na gestão racional dos recursos naturais e privilegia a utilização dos mecanismos de regulação natural em substituição de factores de produção, contribuindo para uma agricultura sustentável”, diz o Gabinete de Imprensa do Ministério da Agricultura.

Na agricultura biológica “não são empregues produtos químicos e combate- se as pragas através da concorrência entre espécies”, diz José Canha. Por seu lado, a produção integrada é “um compromisso entre a produção biológica e a segurança alimentar”. São permitidos adubos e pesticidas químicos, mas de forma a não afectar o ambiente.

Na prática, é um trabalho de campo: começa com um plano de exploração, que descreve todo o sistema agrícola e a estratégia de produção, e tem como princípios base a regulação de todo o ecossistema. Há auditorias frequentes e o uso de químicos é controlado, tal como a água usada para regar.

“Implica desde o tratamento em campo, ao armazém, numa lógica de fazer tudo o que é possível para substituir químicos por produtos alternativos”, conta Pedro Madeira, director-geral da Frusoal, organização de produtores de fruta do Algarve, que vende 80% da produção à grande distribuição. “Há substituições de tratamento químico que começam a aproximar-se do biológico e o objectivo é reduzir ao máximo os resíduos que ficam nos citrinos. Hoje todos os clientes estão preocupados com a saúde do consumidor. E quem quer estar na primeira divisão do retalho tem de seguir estas regras”, conta, garantindo que com ou sem incentivos financeiros, a Frusoal seguiria a mesma técnica. De outra forma, não conseguiria vender os 30 milhões de quilos que produz anualmente e facturar 11 milhões de euros.

Na Cooperativa Agrícola de Fruta da Cova da Beira, apenas 20% da produção é certificada. “A maior parte dos nossos 220 sócios activos não usa. Os que adoptam o sistema, fazem-no por causa do subsídio e porque, assim, conseguem certificar a produção e mandar produto para os grandes clientes”, diz Sandra Martins.

As verbas do próximo Programa de Desenvolvimento Rural (2014-2020), destinada ao modo de produção integrada, ainda não estão definidas. Estes pagamentos, diz o ministério de Assunção Cristas, servem para “compensar os gastos adicionais resultados dos novos patamares de exigência”. “O apoio assume a forma de um pagamento a título compensatório por hectare de área elegível, sendo atribuído anualmente em função do tipo de cultura”, explica a tutela.

Quanto à exigência dos supermercados, o Ministério da Agricultura acredita que pode ser um dos factores que “influencia um menor uso de químicos” por parte dos produtores.

Agricultura biológica cresce 7%
Ao mesmo tempo que a produção integrada ganha terreno, a agricultura biológica continua a crescer em Portugal.

Os últimos dados disponíveis (ainda provisórios), mostram que em 2012 estiveram sujeito a controlo 3555 operadores, 3129 dos quais agrícolas e 424 transformadores. Entre 2011 e 2012 registou-se um aumento de 7% da área ocupada, de 219.683 hectares para 235.267 hectares (13.252 dos quais em conversão).

Na última década, a superfície de terras agrícolas destinadas à agricultura biológica aumentou, em média, meio milhão de hectares por ano na União Europeia. Há, actualmente, mais de 186 mil explorações em toda a Europa.

 

fonte:http://www.publico.pt/ec

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Sexta-feira, 07.02.14

A Câmara de Leiria vai disponibilizar, a partir de Abril, de 83 talhões destinados à criação de hortas verdes, dedicados à agricultura biológica, para serem arrendados a preço simbólico pelos munícipes.

A iniciativa, que foi aprovada na última reunião do executivo, realizada na terça-feira à tarde, visa “promover a horticultura biológica, quer como actividade de lazer ou de subsistência” assim como promover o “autoconsumo de alimentos produzidos, diminuindo encargos e contribuindo para o equilíbrio das finanças familiares”, refere a autarquia, salientando, ainda, o incentivo a “hábitos de vida saudáveis” através do “contacto com a natureza e a prática de actividades ao ar livre”.

“Combater o stress e o sedentarismo” e “promover a manutenção de relações sociais e espírito de comunidade”, são outros dos objectivos.

“Pretendemos apoiar famílias que vivem num território vasto, que é o concelho de Leiria, mas em cuja zona urbana as parcelas de cultivo são raras”, refere Lino Pereira, vereador titular do pelouro dos Espaços Verdes, citado numa nota emitida pela Câmara.

O projecto é destinado a qualquer munícipe que não possua terreno próprio na sua área de residência e implica o pagamento de uma renda mensal de oito euros.

Após o primeiro ano de implementação, a autarquia procederá ao “cálculo médio das despesas realizadas com a conservação e manutenção do espaço” de forma a “reajustar o montante e estabelecer a renda mensal definitiva”, refere a edilidade.

A Câmara Municipal irá, também, ministrar uma formação inicial em agricultura biológica que será obrigatória para todos os utilizadores dos respectivos talhões.

 

fonte:http://www.publico.pt/lo

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Domingo, 29.12.13

Os cabazes do PROVE – Promover e Vender já chegam a três mil consumidores, garantem um rendimento mensal a mais de uma centena de pequenos produtores agrícolas e movimentam 900 mil euros por ano.

 

Espinafres, alfaces, bróculos, nabiça. Um a um, Judite e Justina recheiam os sacos dos clientes que vão levantar as suas encomendas de hortícolas à loja de Comércio Justo das Picoas, em Lisboa. É assim todas as sextas-feiras a partir das 17h. Os vegetais foram colhidos no dia, no Brejo do Assa, Palmela, onde as produtoras do PROVE – Promover e Vender, têm os seus terrenos.

Cenouras, cebolas, batatas, nabos, salsa e coentros, mas também laranjas e pêras. Cerca de sete quilos de produtos hortícolas pelo preço fixo de dez euros. Directamente do produtor ao consumidor. Em Lisboa, as cunhadas vendem uma média de 100 cabazes por semana e, em Almada, outros 100. Quem as “picou” para se meterem no negócio foi o irmão de Judite, marido de Justina. Para Judite (43 anos), que trabalhava na área social e ficou desempregada, esta é a única fonte de rendimento. Para Justina (43 anos), uma polaca que está em Portugal há 17 anos e conheceu o marido em Praga quando ambos eram estudantes, este é um complemento ao orçamento familiar.

Judite “cresceu no meio, já tinha tido contacto” com a terra, mas nunca pensou fazer dela profissão. Justina, que estudou Relações Internacionais e fazia traduções de polaco, checo e russo, também viu no PROVE uma oportunidade. Os pais “acharam bem porque as terras estavam meio abandonadas”. As duas cunhadas arregaçaram as mangas e, ao fim de ano e meio, têm uma carteira de encomendas estável. O que trazem é o que a natureza dita. “É tudo da época, mas tentamos não repetir de semana para semana”. Essa é uma das premissas do PROVE: oferecer quantidade e diversidade aos clientes.

O sistema de encomendas permite aos consumidores excluírem produtos que não querem receber, mas as sócias dizem que vendem de tudo. “Há uns que causam mais estranheza, como o aipo, mas algumas pessoas até nos dizem que passaram a comer coisas que antes não conheciam”. Apesar da variedade, já sabem que há dois produtos que são sempre recebidos com entusiasmo: “As uvas e os morangos”. Mas agora não é época disso. “Se [a fruta] está muito feia ou tem bicho, não trazemos, mas não nos preocupamos com tamanhos, é o que a árvore dá”, diz Judite.

A regra é seguir o requisito PROVE: produzir com técnicas amigas do ambiente, como o uso reduzido ou nulo de agro-químicos, a inexistência de fontes de poluição nas proximidades das explorações e a reconhecida qualidade da água da rega. “Vamos sempre às explorações, por isso a qualidade do ponto de vista da saúde é garantida”, afirma José Diogo, técnico da ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal, a “mãe” do PROVE.

Esta associação constatou que no seu território existia “um conjunto de pequenos produtores que toda a vida tinham trabalhado na agricultura, mas não conseguiam escoar a sua produção”, porque não tinham dimensão para vender para as grandes superfícies ou não tinham conhecimentos na área da comercialização. A ADREPES verificou ainda que existia naquele perímetro um conjunto de cidades de média dimensão com consumidores receptivos aos produtos locais.

“Feito o diagnóstico, começámos a trabalhar com os produtores, que sozinhos não tinham a diversidade e a quantidade necessárias, mas que, em associação, já reuniam estas características”, conta José Diogo. Em 2006, em Sesimbra e Palmela, nasciam os dois primeiros núcleos PROVE. Como premissa básica, cada agricultor especializava-se em determinados produtos e depois juntavam-se as produções. Para não competirem entre si. “Os produtores ficam com maior controlo do processo, mas também com um rendimento justo porque não há intermediários”.

Além disso, ao terem de “assegurar o negócio de uma ponta à outra”, ficam com competências de comercialização e muitos, pessoas de alguma idade, adquiriram conhecimentos básicos nas tecnologias de informação pois a grande maioria das encomendas chega-lhes por e-mail.

Depois do sucesso na Península de Setúbal (que passou a incluir distribuição na área da Grande Lisboa), o PROVE foi alargado aos produtores do Vale do Sousa, aproveitando o tecido urbano do Grande Porto, e ao Alentejo, à área de Montemor-o-Novo. “Queríamos o oposto, testar o projecto numa zona do interior do país, com problemas de desertificação”. O resultado surpreendeu pela positiva. Estávamos em 2009. Hoje o PROVE tem 54 núcleos, do Minho a Faro, abrange 83 locais de entrega, 120 explorações agrícolas, 3000 consumidores e movimenta cerca de 900 mil euros por ano. O lucro fica todo com os produtores, que se vêem libertos de custos de armazenagem e não têm grandes custos de transporte, pois os circuitos de comercialização são curtos. O modelo é sempre o mesmo: a ADREPES gere o programa a nível nacional, mas localmente são as associações de desenvolvimento parceiras da ADREPES que usam a metodologia PROVE e seleccionam os produtores, garantindo-lhes todas as ferramentas necessárias à criação do negócio. Como o objectivo é que este seja sustentável, “depois de uma primeira fase de apoio, os técnicos deixam de intervir e passam a ser os produtores a fazer a gestão completa”, tornando-se autónomos. É o caso de Justina e Judite.

Compensa comprar cabazes PROVE? “Calculamos que o quilo de hortícolas ronde 1,3 euros, por isso, se olharmos para os produtos das grandes superfícies, mesmo assim são competitivos”, diz José Diogo. O técnico da ADREPS nota que, apesar de ser natural que as pessoas façam contas, “não deveriam olhar só para o preço”. “Ajudar a economia local, dar emprego a agricultores locais, promover a sustentabilidade ambiental… Quando compram PROVE estão a comprar tudo isto”.

Abolir obstáculos ao comércio de proximidade
O PROVE foi financiado inicialmente pela iniciativa comunitária Equal e, até ao fim deste ano, pelo PRODER. Embora a maioria dos produtores da rede PROVE já seja autónoma, “para continuar a expandir o PROVE” é necessário novo financiamento. José Diogo, técnico da ADREPES, mostra-se optimista pois o novo quadro comunitário de apoio (QREN) coloca “um enfoque particular nos circuitos curtos agro-alimentares [CCA]”. Este são a base do PROVE e da sua filosofia de comercialização de proximidade.

A ADREPES, que conta com o apoio da Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local, pretende discutir com o Governo um conjunto de recomendações (desenvolvidas pela Universidade de Trás os Montes e Alto Douro e Instituto Superior de Agronomia) de medidas de política de apoio aos CCA. Já houve uma reunião com o gabinete de planeamento e política do Ministério da Agricultura e sinais que permitem esperar “que este tipo de comercialização seja facilitado no novo QREN”. A diminuição da carga fiscal e administrativa exigida aos produtores é uma questão para a qual a ADREPES quer sensibilizar a tutela, como a obrigatoriedade de passar factura. “Não se trata de fugir aos impostos, mas se alguns produtores já têm dificuldades com as tecnologias de informação para consultar as encomendas, quanto mais usar software de facturação; a alternativa seria fazê-lo à mão, factura a factura, o que levaria uma eternidade”, explica o técnico da ADREPES. Para evitar este obstáculo a associação juntou à plataforma logística um software de facturação, que envia a factura por email aos consumidores. Ainda assim, a associação questiona a obrigatoriedade dos produtores passarem factura, quando “estão isentos de IVA, por terem volumes de negócio anual inferiores a 10 mil euros”. Realizar investimentos conjuntos é outra dor de cabeça. “Imagine que três agricultores querem comprar uma carrinha para fazer o transporte dos cabazes; só o poderão fazer se se associarem, com os custos daí inerentes, ou então um deles tem de assumir o investimento”, exemplifica o técnico, que defende uma flexibilização das regras para estas associações informais.

fonte:http://www.publico.pt/e

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Domingo, 26.05.13

Os Ministros da Agricultura da União Europeia concordaram, na sua última reunião, um novo quadro sobre a direcção futura da agricultura biológicacomunitária.

As conclusões do Conselho instam a Comissão Europeia a continuar a desenvolver o sector da agricultura biológica através da revisão do actual quadro legal, proporcionando uma maior estabilidade no sector.

Especificamente, a Comissão Europeia e os Estados-membros são convidados a rever e actualizar o Plano de Acção Europeu em matéria de alimentação e agricultura biológicas de modo a promover o desenvolvimento do sector.

As conclusões pedem assim medidas para proteger a reputação do sector biológico, para aumentar a confiança dos consumidores, para incentivar a promoção do mesmo e consequentemente aumentar o consumo de produtos biológicos. Foram também incluídas medidas que visam harmonizar egarantir o uso do logótipo da UE com o objectivo de sensibilizar a opinião pública e fomentar o reconhecimento de produtos biológicos no mercado.

As conclusões do Conselho também destacam a ligação com as actuais propostas de reforma da política agrícola comum (PAC). O ministro IrlandêsSimon Coveney, actual presidente do conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia, afirmou esperar que a Comissão apresente propostas legislativas para dar seguimento às conclusões dos Conselhos até ao final do ano.

Fonte: CONFAGRI Bruxelas

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Sábado, 25.05.13

Hoje de tarde, numa visita de trabalho às hortas urbanas da Ribeira Grande, em Santo António, o cabeça-de-lista da coligação 'Mudança', Paulo Cafôfo, elogiou o facto de o actual executivo da autarquia do Funchal ter trazido este conceito para a cidade, mas frisou que as hortas urbanas precisam de uma nova dinâmica, como a introdução da agricultura biológica nestes espaços.

"É um conceito importante, seja do ponto de vista económico social ou ambiental, a questão é que as hortas urbanas necessitam de uma nova dinâmica, de crescer no que é o seu projecto inicial e, por isso, a candidatura 'Mudança' pelo Funchal predispõe-se a pegar nesta ideia das hortas urbanas e ampliá-la naquilo que são as suas valências", disse, defendendo que querem que a CMF tenha hortas biológicas.

Paulo Cafôfo considera também fundamental, e dada a vontade dos cidadãos em aderir às hortas urbanas, criar hortas comunitárias, "para as pessoas colaborarem e serem solidárias". O cabeça-de-lista desta coligação salientou que também seria positivo que as escolas participassem, de uma forma pedagógica, na dinâmica destas hortas, e que houvesse um acompanhamento técnico das pessoas que usufruem as hortas, porque só assim poderiam adoptar novas técnicas.

fonte:http://www.dnoticias.pt/

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Sábado, 18.05.13

Nos próximos oito dias (desde hoje até 24 de Maio), decorre no Largo da Restauração, no Funchal, a Semana BioMadeira, dedicada aos produtos biológicos, não só a agricultura com produtos hortícolas e frutícolas, que têm um peso importante neste contexto, mas também outros produtos como roupas e alimentação bio para bebés e crianças, sabão e detergentes, entre outros exemplos patentes nesta feira. O secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais acredita que embora tenha havido uma grande evolução da agricultura biológica nos últimos anos, a tendência de crescimento continuará no futuro.

As razões de Manuel António Correia são baseados em números. "2012 foi o melhor ano de sempre em termos de área e número de agricultores", frisou. "Mas nós queremos e vamos, de certeza, crescer ainda mais. Estamos com 256 hectares e 110 produtores. Acreditamos que vamos crescer por diversas circunstâncias. A primeira é o envolvimento da população, quer seja produtora, quer seja consumidora, quer seja institucional ligada a entidades públicas ou privadas, como são os casos da Universidade da Madeira e da associação OrganicA, cujo objecto é mesmo isso a promoção e defesa da agricultura biológica".

Isto significa, reforça Manuel António, que "depois da fase de arranque nos últimos anos em que crescemos mas com alguma resistência, porque há aqui questões culturais, ideias pré-concebidas que, neste momento, começam a esbater-se", no futuro "serão com certeza de grande crescimento. A semente está lançada, mas ela não cresceria só com o esforço do Governo, só pode crescer com a envolvência de todos. Quem já é agricultor e está disponível para fazer uns acertos na sua exploração para produzir e certificar segundo o modo biológico. No nosso caso, até temos vantagens competitivas porque a nossa agricultura, dita tradicional, na prática, em muitas circunstâncias já é, de facto, biológica, só falta a questão da certificação. E temos, também, aquilo que é fundamental num processo económico como este, que é a adesão dos consumidores. Aqui também havia ideias pré-concebidas que é preciso deitar abaixo."

Manuel António Correia assegura que a ideia que a produção biológica é mais cara que a tradicional e, por isso, chega ao consumidor com preços superiores, é "falsa". E adianta: "Os consumidores querem e o cliente tem sempre razão. Acredito que num futuro não muito distante vai deixar de haver agricultura biológica. Porque pela simples razão que toda a agricultura vai ser biológica, uma vez que este conceito só tem sentido por contraposição a uma agricultura que é convencional. Por isso, é melhor que comecemos já para podermos ganhar vantagem competitiva." Inclusive, disse, por ser ambientalmente distinta, a Madeira tem tudo a ganhar no que toca ao turismo de natureza.

O governante disse ainda que a aposta, por exemplo, na banana biológica é para ser reforçada, lembrando que já há produções de mel de cana-de-açúcar biológicas, bem como Vinho Madeira biológico, inclusive na área pecuária. "E não faltam apoios públicos de incentivo aos produtores, tal como para a agricultura convencional dominante, que chega até aos 65% a fundo perdido e, no caso da agricultura biológica, ainda tem majorações", explicou. "Quando nos outros casos é 50%, aqui é 55%, quando nos outros é 60% aqui é 65%. Além disso, tmeos um departamento específico de apoio técnico, que faz os projectos e oferece-os para fazer o investimento. Enfim, é uma área especialmente acarinhada".

 

fonte:http://www.dnoticias.pt/a

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Domingo, 07.10.12
Entre 1994 e 2011, o número de pessoas que estão a produzir de forma biológica cresceu de 234 para quase 6000. Volume de negócios do sector já ronda os 20 milhões de euros por ano

A agricultura biológica ocupou, no ano passado, quase 220 mil hectares de terra em Portugal, o valor mais alto desde 2007. E o número de produtores dedicados a produzir alimentos ou pastagens neste modo de produção disparou de uns escassos 234 em 1994 para 5938 no ano passado, o número mais elevado dos últimos 17 anos. 

De acordo com dados fornecidos ao PÚBLICO pelo Ministério da Agricultura, em termos globais a área já representa 5,5% da superfície agrícola utilizada, "situando-se um pouco acima da média europeia". As estimativas do sector, citadas pelo gabinete de Assunção Cristas, apontam para um volume de negócios que rondará os 20 a 22 milhões de euros, com taxas de crescimento de 20% ao ano.

Há 15 anos, o território ocupado pela produção biológica - que não recorre a pesticidas, adubos químicos de síntese ou organismos geneticamente modificados - pouco ultrapassava os 12 mil hectares. O crescimento foi contínuo até 2007, mas mudanças de política, que, segundo o ministério, "orientaram parte da produção para a produção integrada", travaram a evolução positiva e fizeram recuar o número de hectares. As quedas foram expressivas até 2009, mas a curva do crescimento voltou a romper no ano seguinte (ver quadro).

De nicho de mercado, a agricultura biológica espalhou-se à grande distribuição e generalizou-se nos formatos especializados, supermercados e mercados de rua. Mas ainda há muito por explorar. "Temos muito para fazer relativamente à produção para o mercado nacional e sobretudo nas exportações", diz Jaime Ferreira, presidente da direcção da Agrobio, Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, que representa seis mil consumidores e produtores. Os portugueses procuram cada vez mais este tipo de produtos mas, para ganhar dimensão, são precisos "mais agricultores e área plantada" e acções de divulgação sobre os benefícios para a saúde destes alimentos, defende.

À Agrobio têm chegado pedidos de potenciais clientes estrangeiros que procuram grandes quantidades. Mas só os agricultores de grande dimensão "conseguem escala" para responder a essa necessidade. "Contam-se pelos dedos das mãos os produtores com capacidade de produção", lamenta Jaime Ferreira.

Mais procura externa

Na Quinta do Montalto, em Olival, concelho de Ourém, a intenção é chegar aos 100 mil quilos de uvas. Os 15,5 hectares de vinha são dedicados em exclusivo à produção de vinho biológico, com as marcas Vinha da Malhada e Cepa Pura a assumirem o rosto de um negócio que já vai na quinta geração. André Gomes Pereira espera vender este ano 90% da produção para o estrangeiro (mais 13% face a 2011), com destaque para Holanda - que absorve 20% das vendas -, Alemanha e Estados Unidos. 

"Começámos este movimento de encontrar clientes lá fora em 2007 e agora conhecemos bem o mercado", sintetiza André Gomes Pereira. Em Portugal, as vendas são residuais, mas, se pudesse, vendia todo o vinho no mercado interno. "Lá fora tem mais aceitação. Por cá, o vinho biológico tem uma carga negativa, no início foram vendidos produtos com defeito. Hoje já não é assim", diz ao PÚBLICO, por telefone. O Cepa Pura tinto da Quinta do Montalto foi distinguido na Alemanha entre mais de 4500 vinhos (biológicos e não biológicos) e ficou entre os 13 melhores. "O único português e à frente dos vinhos convencionais", acrescenta.

O mercado externo exige qualidade e tem poder de compra. Andreas Bernhard, que dirige a Risca Grande juntamente com a família Zehnder, começou a cultivar olival em 2002 numa propriedade de 92 hectares em Serpa. Toda a produção de azeite, cerca de 100 mil garrafas, é destinada à exportação. Suíça, Alemanha, Suécia e Japão absorvem o produto, considerado um dos melhores do mundo na sua categoria. "São mercados que têm muito poder de compra e conhecem a produção mundial muito bem. Em Portugal, não há poder de compra e no estrangeiro procuram coisas especiais", diz Andreas Bernhard. É pela qualidade que o azeite Risca Grande se quer distinguir entre gigantes.

Apesar da maioria dos produtores de agricultura biológica se dedicar à cultura do olival (representam 22% de um total de 1299), quase 60% da superfície ocupada com este tipo de produção destina-se a pastagens para alimentação animal. Segue-se a floresta (10%), o olival (8,4%) e as culturas forrageiras (prados). Na produção de carne, a evolução também tem sido positiva: em 2011, o número de animais cresceu de 58 mil para 242.359 e há 1240 produtores (mais 4% face a 2010). Contudo, Jaime Ferreira diz que há problemas para resolver. É difícil encontrar no mercado oferta suficiente, não só porque há "produtores dispersos", mas porque a centralização do abate dos animais dificulta o aumento da produção. "Na agricultura biológica, para haver certificação, o animal não pode entrar no mesmo circuito do abate convencional. Há muito poucos matadouros que façam abate de modo biológico e muita da carne [criada desta forma] acaba na produção convencional", explica.

A Agrobio aguarda pela reforma da Política Agrícola Comum (PAC) para que haja diferenciação nos apoios concedidos aos agricultores. Além disso, para fazer crescer o sector, "tem de haver uma aposta do próprio país", defende.

fonte:;http://economia.publico.pt/N

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Domingo, 30.09.12

O Partido pelos Animais e pela Natureza defende a promoção da agricultura biológica como forma de agricultura sustentável para a região. O cabeça de lista do PAN por São Miguel, salienta que, com a valorização da agricultura biológica, reduzem-se os efeitos nocivos das substâncias químicas para a saúde e para o ambiente.


Dinarte Pimentel frisa ainda a necessidade de o governo regional e as autarquias apostarem na formação para este tipo de agricultura, prestando apoio, tanto a nível técnico, como financeiro.

O cabeça de lista do PAN acrescentou ainda ser possível reduzir nas importações de fertilizantes para o arquipélago, através da compostagem.

Dinarte Pimentel que falava, esta quarta-feira aos jornalistas, no Mercado da Graça, em Ponta Delgada, defendeu ainda a criação de mecanismos que facilitem o arrendamento de terrenos abandonados.

fonte:http://www.radioatlantida.net/


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