Tudo sobre a Agricultura Biológica
Domingo, 07.10.12
Entre 1994 e 2011, o número de pessoas que estão a produzir de forma biológica cresceu de 234 para quase 6000. Volume de negócios do sector já ronda os 20 milhões de euros por ano

A agricultura biológica ocupou, no ano passado, quase 220 mil hectares de terra em Portugal, o valor mais alto desde 2007. E o número de produtores dedicados a produzir alimentos ou pastagens neste modo de produção disparou de uns escassos 234 em 1994 para 5938 no ano passado, o número mais elevado dos últimos 17 anos. 

De acordo com dados fornecidos ao PÚBLICO pelo Ministério da Agricultura, em termos globais a área já representa 5,5% da superfície agrícola utilizada, "situando-se um pouco acima da média europeia". As estimativas do sector, citadas pelo gabinete de Assunção Cristas, apontam para um volume de negócios que rondará os 20 a 22 milhões de euros, com taxas de crescimento de 20% ao ano.

Há 15 anos, o território ocupado pela produção biológica - que não recorre a pesticidas, adubos químicos de síntese ou organismos geneticamente modificados - pouco ultrapassava os 12 mil hectares. O crescimento foi contínuo até 2007, mas mudanças de política, que, segundo o ministério, "orientaram parte da produção para a produção integrada", travaram a evolução positiva e fizeram recuar o número de hectares. As quedas foram expressivas até 2009, mas a curva do crescimento voltou a romper no ano seguinte (ver quadro).

De nicho de mercado, a agricultura biológica espalhou-se à grande distribuição e generalizou-se nos formatos especializados, supermercados e mercados de rua. Mas ainda há muito por explorar. "Temos muito para fazer relativamente à produção para o mercado nacional e sobretudo nas exportações", diz Jaime Ferreira, presidente da direcção da Agrobio, Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, que representa seis mil consumidores e produtores. Os portugueses procuram cada vez mais este tipo de produtos mas, para ganhar dimensão, são precisos "mais agricultores e área plantada" e acções de divulgação sobre os benefícios para a saúde destes alimentos, defende.

À Agrobio têm chegado pedidos de potenciais clientes estrangeiros que procuram grandes quantidades. Mas só os agricultores de grande dimensão "conseguem escala" para responder a essa necessidade. "Contam-se pelos dedos das mãos os produtores com capacidade de produção", lamenta Jaime Ferreira.

Mais procura externa

Na Quinta do Montalto, em Olival, concelho de Ourém, a intenção é chegar aos 100 mil quilos de uvas. Os 15,5 hectares de vinha são dedicados em exclusivo à produção de vinho biológico, com as marcas Vinha da Malhada e Cepa Pura a assumirem o rosto de um negócio que já vai na quinta geração. André Gomes Pereira espera vender este ano 90% da produção para o estrangeiro (mais 13% face a 2011), com destaque para Holanda - que absorve 20% das vendas -, Alemanha e Estados Unidos. 

"Começámos este movimento de encontrar clientes lá fora em 2007 e agora conhecemos bem o mercado", sintetiza André Gomes Pereira. Em Portugal, as vendas são residuais, mas, se pudesse, vendia todo o vinho no mercado interno. "Lá fora tem mais aceitação. Por cá, o vinho biológico tem uma carga negativa, no início foram vendidos produtos com defeito. Hoje já não é assim", diz ao PÚBLICO, por telefone. O Cepa Pura tinto da Quinta do Montalto foi distinguido na Alemanha entre mais de 4500 vinhos (biológicos e não biológicos) e ficou entre os 13 melhores. "O único português e à frente dos vinhos convencionais", acrescenta.

O mercado externo exige qualidade e tem poder de compra. Andreas Bernhard, que dirige a Risca Grande juntamente com a família Zehnder, começou a cultivar olival em 2002 numa propriedade de 92 hectares em Serpa. Toda a produção de azeite, cerca de 100 mil garrafas, é destinada à exportação. Suíça, Alemanha, Suécia e Japão absorvem o produto, considerado um dos melhores do mundo na sua categoria. "São mercados que têm muito poder de compra e conhecem a produção mundial muito bem. Em Portugal, não há poder de compra e no estrangeiro procuram coisas especiais", diz Andreas Bernhard. É pela qualidade que o azeite Risca Grande se quer distinguir entre gigantes.

Apesar da maioria dos produtores de agricultura biológica se dedicar à cultura do olival (representam 22% de um total de 1299), quase 60% da superfície ocupada com este tipo de produção destina-se a pastagens para alimentação animal. Segue-se a floresta (10%), o olival (8,4%) e as culturas forrageiras (prados). Na produção de carne, a evolução também tem sido positiva: em 2011, o número de animais cresceu de 58 mil para 242.359 e há 1240 produtores (mais 4% face a 2010). Contudo, Jaime Ferreira diz que há problemas para resolver. É difícil encontrar no mercado oferta suficiente, não só porque há "produtores dispersos", mas porque a centralização do abate dos animais dificulta o aumento da produção. "Na agricultura biológica, para haver certificação, o animal não pode entrar no mesmo circuito do abate convencional. Há muito poucos matadouros que façam abate de modo biológico e muita da carne [criada desta forma] acaba na produção convencional", explica.

A Agrobio aguarda pela reforma da Política Agrícola Comum (PAC) para que haja diferenciação nos apoios concedidos aos agricultores. Além disso, para fazer crescer o sector, "tem de haver uma aposta do próprio país", defende.

fonte:;http://economia.publico.pt/N

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Quarta-feira, 05.09.12

Produtos biológicos como fruta, vegetais, cereais, carne e leite não vão tornar as pessoas que os consomem mais saudáveis, já que têm níveis de nutrientes semelhantes aos alimentos produzidos pelo modo convencional. A maior diferença está na quantidade de pesticidas, conclui um estudo da Universidade de Stanford, Califórnia, publicado nesta terça-feira na revista Annals of Internal Medicine.

Na altura de escolher o que colocar no cesto das compras, não serão os benefícios das vitaminas e minerais na saúde que vão ajudar a decidir se leva produtos biológicos ou produtos convencionais. “Se tomarmos uma decisão baseada apenas na nossa saúde, não existem muitas diferenças” entre uns e outros, disse Dena Bravata, investigadora principal do estudo que comparou os principais nutrientes nos dois tipos de alimentos.

Para chegar a esta conclusão, a equipa de Dena Bravata analisou centenas de estudos científicos já publicados e identificou os 237 mais relevantes, incluindo 17 sobre as dietas alimentares de pessoas que consumiram alimentos biológicos e convencionais. A maioria dos estudos, 223, comparou os níveis de nutrientes, de bactérias, fungos ou a contaminação por pesticidas de vários produtos, nomeadamente frutas, vegetais, cereais, carne, leite e ovos. A duração dos estudos variou entre os dois dias e os dois anos.

O estudo de revisão da literatura científica existente – que, dizem os investigadores, é o mais completo até agora realizado sobre a questão – não encontrou provas significativas de que os alimentos biológicos são mais nutritivos ou acarretam menos riscos para a saúde do que as alternativas convencionais. Aliás, o fósforo foi o único nutriente encontrado em maiores quantidades nos produtos biológicos. A maior diferença foi detectada ao nível da exposição a pesticidas, mais reduzido nos produtos biológicos. 

Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, não ficou surpreendida com estas conclusões. “Já tenho lido artigos científicos que apontam nesse sentido”, ou seja, “no que diz respeito aos principais nutrientes, a diferença não é muito significativa", disse ao PÚBLICO. Além disso, existem muitos factores que afectam a composição nutricional dos alimentos, como a zona geográfica onde são produzidos e se o ano de colheita foi de seca, por exemplo.

O objectivo dos investigadores da Universidade de Stanford foi ajudar ao debate sobre os benefícios para saúde dos alimentos biológicos, uma questão que permanece em aberto. A equipa encontrou várias limitações ao seu trabalho, como a heterogeneidade dos estudos, baseados em diferentes métodos de teste e mesmo de agricultura biológica. Segundo a BBC, o estudo é criticado por ser inconclusivo. 

Na verdade, a ideia para a investigação surgiu depois de cada vez mais pacientes de Bravata – que além de investigadora também é médica – lhe perguntarem o que seria melhor para a sua saúde e de não haver uma resposta.

“Esta é uma pergunta recorrente durante as consultas ou ainda nos fóruns de discussão”, contou ao PÚBLICO Alexandra Bento. Ainda assim, a nutricionista e bastonária afirma que “nunca recomendaria um alimento biológico face a outro convencional”. Na sua opinião, na altura da compra é o consumidor quem decide. “Tudo depende do que para nós tem mais importância, se o preço ou se, por exemplo, formos mais sensíveis ao sabor”, uma questão que, para si, “não é de descurar”. 

Segundo Alexandra Bento, “é de incentivar a pequena horta para quem tem essa possibilidade”. “Se colher um tomate, ou uma alface ou laranja no estado de maturação ideal e se a consumir imediatamente, esse alimento terá uma riqueza nutricional máxima.”

Os cientistas norte-americanos quiseram dar mais informação às pessoas, não desencorajá-las a consumir produtos biológicos, explicam. “Se olharmos para lá dos benefícios na saúde, existem muitas outras razões para consumir alimentos orgânicos em lugar dos convencionais”, acrescentou Bravata, referindo benefícios ambientais e de bem-estar animal.

fonte:http://ecosfera.publico.clix.pt/

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Sábado, 16.06.12

No Parque de Ciência e Tecnologia da Maia – TecMaia - foi hoje inaugurada uma “Horta à Porta”, na qual os trabalhadores das empresas ali instaladas se dedicam à agricultura biológica.

Num espaço que antes era considerado “sem utilidade nas traseiras do edifício do TecMaia” existem agora 22 talhões, num total de cerca de 550 metros quadrados.

“Esta é mais uma horta que visa promover a qualidade de vida da população, através de boas práticas agrícolas, ambientais e sociais” disse Ana Lopes, da Lipor - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto -, em declarações à Lusa. 

“Este ano abriram mais duas hortas, uma empresarial e outra para uma comunidade escolar, e há já conversações” com outros municípios para a criação de novas hortas, afirmou Ana Lopes.

O “Horta à Porta”, projecto da Lipor, nasceu em Julho de 2003 e já conta actualmente com 23 hortas, representando uma área de quase quatro hectares, divididos por 590 talhões. Mas ainda 1200 pessoas aguardam pelo seu "pedaço de terra". 

fonte:http://ecosfera.publico.clix.pt/

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Sábado, 14.04.12

A produção de produtos biológicos, em Portugal, cresceu 60% em 2011, de acordo com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que falava durante uma prova de produtos biológicos a bordo do Navio Escola Sagres e organizada pela associação de agricultores biológicos da Beira Interior.

Segundo Cristas, a agricultura biológica está em “franco crescimento” em Portugal, sendo “exemplo do dinamismo da agricultura portuguesa”.

“[A agricultura biológica] é importante para o consumidor, que se sente seguro ao comprar biológico, é importante para o ambiente, uma vez que as culturas são fertilizadas apenas com compostos orgânicos, e é importante para a economia portuguesa, que pode aumentar as suas exportações para os maiores e mais exigentes mercados europeus”, explicou Cristas.

Na mesma visita, a ministra do Ambiente, Mar, Agricultura e do Ordenamento do Território disse ainda que o preço da água canalizada não aumentará em 2012 e que continua empenhada em facilitar o acesso à terra, em regime de arrendamento, do porte dos agricultores que não tenham terrenos.

Aqui, a prioridade será dada aos jovens e à produção biológica. 

fonte:http://www.greensavers.pt/

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Domingo, 01.04.12

No passado sábado, o executivo municipal de Loulé assinalou a abertura das Hortas Sociais de Loulé, numa cerimónia que contou com a presença do diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve Fernando Severino, e de Nélson Dias, da Associação In Loco, parceiros nesta iniciativa

Numa altura em que ainda se encontra em fase de atribuição dos talhões, Aníbal Moreno, vereador com o pelouro do Ambiente, explicou a essência desta infraestrutura localizada numa antiga lixeira, e que integra as componentes ambiental e social. «Decidimos criar as Hortas Sociais como forma de apoiar as pessoas mais carenciadas, aproveitando um espaço desaproveitado há mais de 20 anos, perto do centro da cidade», sublinhou.

Após um trabalho de mais de um ano, o equipamento já construído integra 20 talhões, área de convívio, serviços do apoio, e um reservatório de 500 m3 de água armazenada para rega e que tem origem nas Bicas Velhas.

A atribuição dos talhões existentes está agendada para o dia 21 de abril mas Aníbal Moreno adiantou que «este projeto não se esgota nestes 20 talhões, nem neste local».

A utilização é totalmente gratuita mas, de acordo com este responsável, o que se pretende é ajudar as pessoas e não que estas façam negócio com os produtos.

Já a vereadora responsável pela área social do Município Teresa Menalha, salientou o facto do «conceito destas Hortas Socais ser diferente das Hortas Comunitárias» já que a infraestrutura direciona-se preferencialmente aos mais desfavorecidos e não a toda a comunidade. Como tal, esta responsável falou dos critérios de seleção para atribuição dos talhões: famílias desfavorecidas, com rendimento capitainferior à retribuição mínima mensal garantida,famílias numerosas e com menores, desempregados e munícipes recenseados no concelho há mais de 3 anos. «A atribuição será feita de acordo também com a ordem de chegada das pré-inscrições. Nada disto pode ser feito sem critérios», frisou esta vereadora.

Quanto aos objetivos, Teresa Menalha falou da importância das Hortas Sociais como forma de identificar a cultura local, reforço do espírito de coletividade, prevenção de comportamentos antissociais, apoio à subsistência das famílias, promoção dos hábitos saudáveis, criação de um cariz biológico e tradicional e valorização do espaço público.

No âmbito das Hortas Sociais, foi celebrado um protocolo entre o Município de Loulé e a Associação in Loco com vista à formação e acompanhamento dos proprietários dos talhões. Tendo em conta que algumas das pessoas a quem será atribuído um talhão não têm noções mínimas de agricultura, os técnicos da In Loco irão promover uma ação de formação com uma parte introdutória sobre agricultura biológica e reutilização de resíduos e compostagem. Posteriormente, esses técnicos farão o acompanhamento no terreno. 

«Esta é uma Horta cheia de simbolismo, não só pelo reaproveitamento do espaço de uma antiga lixeira, mas também porque abre as portas no dia do ‘Limpar Portugal’», considerou Nélson Dias, da In Loco. Já o diretor regional de agricultura, Fernando Severino, destacou o caráter social, ambiental, pedagógico e de lazer destas Hortas Sociais. Este responsável falou ainda do papel da autarquia na «aproximação à produção, sem enveredar por caminhos não sustentáveis».

A Câmara Municipal de Loulé decidiu criar as Hortas Sociais de Loulé forma de proporcionar aos cidadãos, em especial aos mais carenciados, a possibilidade de cultivarem e assim poderem usufruir de produtos agrícolas frescos, produzidos por si e pelo seu agregado familiar. As Hortas Sociais de Loulé visam, assim, dotar o Município de um equipamento com uma forte componente social, considerando a importância da relação entre o homem e a terra como forma de equilíbrio, interação e integração com o meio social e ambiental.

Além disso, a criação de pequenas hortas em contexto urbano constituem, não só um instrumento de subsistência alimentar e complementar, nos atuais tempos de dificuldades, como também instrumento sociocultural, que cria uma forma de equilíbrio entre o homem e a comunidade e entre o homem e o meio ambiente que o rodeia.

As Hortas de Louléocupam espaço público que se encontrava disponível e permitem utilizar um recurso valioso que se desperdiçava, a água das Bicas Velhas. Com a criação destas hortas pretende-se ainda a requalificação de espaços que tendem a degradar-se quando não ocupados, devolvendo à comunidade um espaço comunitário que funcionará como um elo de convivência social entre gerações e proporcionará benefícios económicos e de saúde, especialmente no que concerne a uma alimentação saudável.

Estes fatores contribuirão para a integração da comunidade nos contextos social e ambiental, justificando, pela sua relevância social e comunitária, um apoio e incentivo consistentes, para a promoção da saúde e da qualidade de vida dos seus utilizadores, através da mudança de comportamentos, que se traduzem em hábitos de vida mais saudáveis, favorecendo o contacto com a natureza enquanto forma de evitar o sedentarismo e motivando a introdução de boas práticas.

Os utilizadores deverão cumprir as regras estabelecidas no Regulamento, usar corretamente os recursos disponibilizados e contribuir para uma convivência sã entre os utilizadores, bem como o cumprimento das técnicas de uma agricultura sustentável e saudável. A criação das Hortas Sociais de Loulé contempla ainda uma forte componente educativa, apresentando em espaço próprio ações de formação sobre técnicas de agricultura biológica, manutenção de espaço público, trabalho comunitário, compostagem e promoção ambiental.

A utilização das Hortas Sociais de Loulé requer o cumprimento das regras estabelecidas no Regulamento, o uso correto dos recursos disponibilizados e uma convivência sã entre os utilizadores, bem como o cumprimento das técnicas de uma agricultura sustentável e saudável, de acordo com as regras da agricultura biológica.

Os interessados em dispor de um talhão nas Hortas Sociais de Loulé devem apresentar à Câmara Municipal de Loulé uma ficha de candidatura, que se encontra disponível no website do Município, tendo prioridade as famílias com rendimento per capita à retribuição mínima mensal garantida. 

Para mais informações os interessados devem contactar a Divisão de Ambiente e Equipamentos Urbanos (289 400 890) ou a Divisão de Gestão Social e Saúde (289 400 882) da Câmara Municipal de Loulé.

fonte:http://www.barlavento.pt/

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Domingo, 11.03.12

O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, assegurou hoje que, "no final da próxima semana", os produtores pecuários de produção biológica e integrada vão ser autorizados a dar complementos não orgânicos aos animais, sem perderem ajudas.

"Claro que, num ano normal", a agricultura biológica e a produção integrada só podem "usar fatores orgânicos", mas, sublinhou o governante, este "é um ano de exceção", de seca, em que "é necessário muito bom senso e solidariedade no setor e a nível nacional".

José Diogo Albuquerque falava aos jornalistas durante uma visita a uma exploração agrícola alentejana, o Monte do Tojal (Évora), onde reuniu com produtores pecuários e agricultores da Associação Nacional dos Produtores de Cereais (ANPOC).


fonte:http://aeiou.expresso.pt/

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Quarta-feira, 22.02.12

A 25 de Fevereiro, entre as 10h00 e as 12h30, Tomar vai receber o seu primeiro Mercado Biológico, iniciativa que se repetirá todos os meses.

A iniciativa da autarquia vai decorrer na Corredoura (Rua Serpa Pinto) no último sábado de cada mês, entre as 10h00 e as 12h30, a primeira edição já no dia 25 de Fevereiro e as restantes deste semestre a 31 de Março, 28 de Abril, 26 de Maio e 30 de Junho.

"Para além de ser mais uma forma de contribuir para a animação do centro histórico da cidade, o Mercado Biológico terá também um importante contributo para fomentar práticas de alimentação mais saudáveis, uma vez que todos os produtos ali vendidos são obrigatoriamente produzidos de acordo com os critérios da agricultura biológica, ou seja, sem recurso a pesticidas ou produtos químicos", explicam os organizadores.

"Com cerca de uma dúzia de vendedores inscritos, parte deles certificados e outros em vias de certificação, e cuja situação estará devidamente assinalada, o Mercado Biológico terá à venda fruta, produtos hortícolas, plantas aromáticas e medicinais, sementes, vinho, licores, azeite, vinagre, sal aromatizado, compotas e bombons".

fonte:http://ecosfera.publico.clix.pt/

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Sexta-feira, 17.02.12

O volume de negócios da agricultura biológica em Portugal atinge mais de 20 milhões de euros e cresce 20% anualmente, com a área cultivada a aumentar 60% no último ano, segundo o ministério da Agricultura.

Num documento sobre a presença portuguesa na maior feira europeia de produtos biológicos, a Biofach, que decorre até sábado em Nuremberga, o secretário de Estado da Agricultura salientou que a área de produção de produtos biológicos em Portugal cresceu 60% no último ano.

José Diogo Albuquerque, sublinhou a importância desta actividade «para a economia portuguesa que pode aumentar as suas exportações para os maiores e mais exigentes mercados europeus, como a Alemanha que tem um mercado que vale cerca de 5,9 mil milhões de euros por ano e produz apenas para cerca de metade das suas necessidades».

Pela primeira vez, Portugal esteve representado nesta feira através de 26 produtores de produtos biológicos e pelas Organizações de Produtores Agrobio e Associação de Defesa do Património de Mértola.

O sector estima que o volume de negócios ronda os 20 a 22 milhões de euros por ano, com uma taxa de crescimento de 20%.

Existem em Portugal 5.847 produtores agrícolas biológicos que cultivam uma superfície total de 210.981 hectares, o que representa cerca de 5,5% da superfície agrícola utilizada, ligeiramente acima da média comunitária, indica o ministério da Agricultura.

Hipers prometem dar preferência a produtos nacionais

As empresas de distribuição comprometeram-se esta sexta-feira a dar preferência aos produtores nacionais de hortofrutícolas, através de um protocolo assinado com a Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP).

O protocolo assinado entre estas entidades visa «estimular o acesso de produtos hortofrutícolas» aos hipermercados, bem como a criação de uma organização interprofissional do sector hortofrutícola que contribua «para um melhor conhecimento e transparência dos mercados».

A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição destaca que «cerca de 80% dos produtos hortofrutícolas oferecidos pela distribuição moderna são nacionais» e adianta que os hipermercados trabalham com mais de 8.000 produtores e organizações de produtores.

No entanto, subsistem alguns problemas que se pretende ultrapassar com o protocolo de colaboração, nomeadamente a sazonalidade da produção, dificuldades de implementação do associativismo e eficiência na produção.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

 

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Sábado, 12.11.11
O número de produtores que se dedica à agricultura biológica nos Açores mais do que duplicou em menos de cinco anos, mas continua a ter uma expressão reduzida no arquipélago, existindo atualmente apenas 46 produtores certificados.

A maioria dos produtores, segundo dados divulgados nas Jornadas de Agricultura Biológica, encontra-se em S. Miguel (23), seguindo-se S. Jorge (10), Terceira (7) e Faial (6), num total de 263,73 hectares de área cultivada. Em 2006 o número de produtores biológicos nos Açores era de apenas 20, distribuídos por S. Miguel, Terceira e S. Jorge, abrangendo uma área total de 66,5 hectares. Na intervenção que proferiu nestas jornadas, o secretário regional da Agricultura, Noé Rodrigues, recordou a existência de apoios financeiros para incentivar o aparecimento de mais produtores nesta área. "Existe um conjunto de incentivos para os agricultores biológicos, no sentido de se organizarem, conquistarem mercados e valorizarem a agricultura biológica", frisou. Por seu lado, o eurodeputado socialista Luís Paulo Alves também salientou que a União Europeia reserva, no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), um lote de apoios à produção biológica, dirigidos à comercialização, produção e certificação. Incentivar a produção biológica é também o objetivo das Jornadas de Agricultura Biológica, que decorreram no Faial, como sublinhou o presidente da Junta de Freguesia da Praia do Norte, Estêvão Gomes, promotor do encontro. O autarca salientou que as jornadas são úteis para os agricultores que querem "apresentar um produto de qualidade e diferenciado", mas também para o "cidadão comum, que tem uma horta e ambiciona produzir de uma forma mais ecológica". "Os Açores possuem condições naturais ímpares, nomeadamente o clima e o terreno, que são excecionais para a produção agrícola de forma biológica e que é indispensável aproveitar", afirmou. A agricultura biológica distingue-se pela forma de produção, que exclui quase todos os produtos químicos e recorre às rotações de culturais, a estrume animal e a resíduos orgânicos da exploração. No ano passado, em Portugal, as vendas de alimentos produzidos em regime biológico ascenderam a 25 milhões de euros, num mercado que cresce, a nível europeu, entre 10 e 15 por cento ao ano.

fonte:http://www.acorianooriental.pt/

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Sexta-feira, 23.09.11

A agricultura biológica é um sector em crescimento em todo o mundo. Em Portugal, em 2010, as vendas de alimentos produzidos em modo de produção biológica ascenderam a 25 milhões de euros, mas o sector vive limitado pela ausência de uma verdadeira política de desenvolvimento do sector.

É neste cenário que decorrem, no Auditório Vita, o 3º Colóquio Nacional de Horticultura Biológica e o 1º Colóquio Nacional de Produção Animal Biológica. Os dois encontros juntam técnicos e produtores, nacionais e estrangeiros, apostados em contribuir mais para a oferta alimentar, reduzindo ao mesmo tempo os impactos negativos da agricultura convencional ou intensiva.

Na sessão de abertura dos dois colóquios, a vereadora da Câmara da Póvoa de Lanhoso, Fátima Moreira, defendeu que a agricultura representa um potencial de desenvolvimento dos territórios, pelo que os políticos devem ter a noção de que “o futuro de Portugal passa por aí”.

A autarca destacou o “percurso pequeno, mas com resultados visíveis” da câmara povoense no sentido da dinamização de modo de produção biológica. Neste concelho há 13 produtores certificados e foi introduzido o modo de produção biológica do porco bísaro. A câmara local está a desenvolver com sucesso o projecto das hortas sociais biológicas e criou um gabinete de apoio ao bioagricultor.

Biológico custa mais 30% 

Os produtos biológicos registam, em média, preços ao consumidor 30% acima dos da agricultura convencional, pelo que a comercialização é um dos grandes desafios que se colocam ao sector em Portugal.

Carlos Vicente, empresário que se dedica à venda de produtos em modo de produção biológica em Lisboa veio a Braga testemunhar que o crescimento desta actividade “tem sido limitado pela falta de uma política para o desenvolvimento da agricultura biológica”, mas também pela ausência de “melhor coordenação entre profissionais do sector, que deveriam ocupar as lacunas do mercado em vez de competir directamente”. A criação de supermercados 100 por cento bio é sugerida por Carlos Vicente.

Luís Alves, que comercializa plantas aromáticas, constata que “o sector da agricultura biológica apresenta um crescimento gradual e estável, fruto do aumento da procura mundial”.
“A agricultura está de volta. Os agricultores, as suas práticas sustentáveis e o seu investimento são necessários, na paisagem e na sociedade contemporânea, mais do que nunca”, afirma.

Isabel Mourão, dirigente da Associação Portuguesa de Horticultura e professora na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, defende “ a produção de alimentos de uma forma que mantenha a terra mais saudável e garante alimentos para o futuro”.
Sobre o óbice que constituem os custos para o consumidor, aquela técnica ressalva que “a agricultura convencional não paga todos os custos”, nomeadamente os que têm a ver com a poluição e utilização de recursos naturais. Por seu lado, “a agricultura biológica poupa nos efeitos laterais e negativos”.

Isabel Mourão vê o Entre Douro-e-Minho como “uma região dinâmica” no modo de produção biológica, sobretudo no que diz respeito a produtos vegetais, considerando muito positivas as experiências recentes das hortas sociais e da horticultura urbana.
O regresso de muitos citadinos à horta é explicado por Luís Alves pelo facto de muitos consumidores já não estarem “dispostos a consumir um produto biológico produzido em enormes monoculturas. 

De acordo com este participante nos colóquios que decorrem até amanhã, organizados pela Associação Portuguesa de Horticultura e Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica, “o sector da agricultura biológica apresenta um crescimento gradual e estável, fruto do aumento da procura a nível mundial”. Até as “grandes companhias de produtos alimentares já compreenderam este fenómeno e têm investido no sector”.

fonte:http://correiodominho.pt/

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